Na época primaveril qualquer viagem que se faça pelo Norte de Portugal é marcada por uma paisagem com cores da giesta, que curiosamente apesar de proliferar o tom amarelo também as há branco (especialmente na região do Douro).
Para além da giesta alegar a paisagem, e ser símbolo do fim do inverno e inicio da primavera, a ela estão associadas várias lendas e tradições.
No dia 30 de Abril, no Norte de Portugal, antes da meia-noite, é tradição colocarem-se em todas as portas e janelas das casas, um ramalhete de giestas amarelas, e aí devem permanecer toda a noite de 1 de Maio.
Daí o nome popular "Maias", nome esse, mais conhecido entre nós.
Segundo uns, é uma forma de afastar os "maus olhados", segundo outros, para "afastar o diabo" e ainda outros, "contra a fome", isto é, para que haja "sempre fartura", "comida na mesa".
É frequente nestes dias encontrar várias pessoa de ramalhete amarelo na mão, a maioria apanhado pelos campos, onde crescem em abundância, e "pintam" a paisagem de amarelo.
É curioso como as pessoas se entregam a esta tradição, não havendo distinção quanto aos credos por que se regem...afinal, a maioria das pessoas, só quer preservar esse hábito que seus pais deixaram.
Arbusto que cresce espontaneamente nos campos, com flores amarelas, bonitas, e de cheiro intenso, que enfeitam e embelezam, de certa forma, os campos, nesta época do ano.
Há várias histórias acerca das giestas, mesmo do tempo de Jesus Cristo e de Nossa Senhora.
Conta-se que Nossa Senhora, quando fugiu para o Egipto, ía colocando pelo caminho, raminhos de giestas, para quando regressasse, não se perder, uma forma de se orientar no regresso.
Também se conta que os Judeus colocaram na porta de casa de Jesus um ramo de giestas, assinalando, assim, aos guardas, a Sua casa, para que, no dia seguinte O prendessem.
Acontece que, com o intuito de O protegerem, toda a povoação colocou nas suas portas, ramos iguais, e conseguiram, dessa forma, salvá-LO.
Sem comentários:
Enviar um comentário