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sexta-feira, 2 de maio de 2014

Tradições de Primavera

Na época primaveril qualquer viagem que se faça pelo Norte  de Portugal é marcada por uma paisagem com cores da giesta, que curiosamente apesar de proliferar o tom amarelo também as há branco (especialmente na região do Douro).
Para além da giesta alegar a paisagem, e ser símbolo do fim do inverno e inicio da primavera, a ela estão associadas várias lendas  e tradições.
No dia 30 de Abril, no Norte de Portugal, antes da meia-noite, é tradição colocarem-se em todas as portas e janelas das casas, um ramalhete de giestas amarelas, e aí devem permanecer toda a noite  de 1 de Maio. 
 Daí o nome popular "Maias", nome esse, mais conhecido entre nós.
Segundo uns, é uma forma de afastar os "maus olhados", segundo outros, para "afastar o diabo" e ainda outros, "contra a fome", isto é, para que haja "sempre fartura", "comida na mesa".
 É frequente nestes dias encontrar várias pessoa de ramalhete amarelo na mão, a maioria  apanhado pelos campos, onde crescem em abundância, e "pintam" a paisagem de amarelo.
É curioso como as pessoas se entregam a esta tradição,  não havendo distinção quanto aos credos por que se regem...afinal, a maioria das pessoas, só quer preservar esse hábito que seus pais deixaram.
  
Arbusto que cresce espontaneamente nos campos, com flores amarelas, bonitas, e de cheiro intenso, que enfeitam e embelezam, de certa forma, os campos, nesta época do ano.
Há várias histórias acerca das giestas, mesmo do tempo de Jesus Cristo e de Nossa Senhora.
Conta-se que Nossa Senhora, quando fugiu para o Egipto, ía colocando pelo caminho, raminhos de giestas, para quando regressasse, não se perder, uma forma de se orientar no regresso.
 Também se conta que os Judeus colocaram na porta de casa de Jesus um ramo de giestas, assinalando, assim, aos guardas, a Sua casa, para que, no dia seguinte O prendessem. 
Acontece que, com o intuito de O protegerem, toda a povoação colocou nas suas portas, ramos iguais, e conseguiram, dessa forma, salvá-LO.
 

quinta-feira, 27 de março de 2014

Os Trípticos

*Altar de Ghent " Adoração do Cordeiro Místico" Jan Van Eyek
Os trípticos surgem na Idade Média numa altura em que a crise económica se acentuava e se torna insuportável a construção de grandes edifícios. Os trípticos são a solução para decorar um altar ou catequizar os cristãos com histórias que as imagens contavam ( geralmente divididas em 3 painéis). Os temas mais frequentes são passagens bíblicas, como é o caso do * Altar de Ghent (em que o tema central é a adoração do cordeiro místico, mas onde estão também representados adão e eva, a anunciação, profetas, figuras da igreja, anjos e ainda os retratos de quem encomendou a obra divididos por 12 painéis).
A grande vantagem dos trípticos ou dípticos é a facilidade com que se podem transportar. Apesar de ser mais frequente em pintura, há alguns exemplares em que uma escultura se abre em 3 painéis que contam uma história ou um dogma de fé.
A igreja não foi a única a utilizar esta solução de arte portátil. Muitas famílias mais abastadas optam por um tríptico ou díptico para ornamentar um altar privado em casa ou capelas.
Portugal tem um precioso exemplar de um tríptico que  representa episódios do nascimento de Jesus Cristo. O valioso tríptico foi oferecido por D. João I - Mestre de Avis, à Colegiada de Guimarães para agradecer a vitória da Batalha de Aljubarrota e a intercessão de Nossa Senhora da Oliveira. O Tríptico fazia parte do espólio do rei D. João I de  Castela que o deixou para trás após a perda da batalha.
Hoje pode ser visitado no Museu Alberto Sampaio em Guimarães.  
O painel retangular com três partes representando cinco episódios do nascimento de Jesus : ao centro o nascimento, do lado esquerdo a Anunciação e Apresentação do Menino no templo. do lado direito, a Anunciação aos pastores e a Epifania.  
 
Tríptico da Natividade - peça de ourivesaria em prata dourada
 

terça-feira, 18 de março de 2014

Na Senda de S.Bento

Na semana em que decorrerá o Congresso de S. Bento, o Alforge de Viagem percorre os Mosteiros Beneditinos do Norte de Portugal.
 Na Senda de S. Bento é a proposta da TUREL Viagens, para quem quiser conhecer, mais profundamente, o legado beneditino. Junta-te a nós.
Aqui no Alforge a visita começa em Santa Maria de Bouro.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Turismo - uma viagem de inclusão

O turismo é uma das atividades económicas que tem tido as maiores taxas mundiais de crescimento anual há várias décadas. Isto fez ampliar mercados antes inexplorados e atingir amplas camadas da população, devido às diferentes facilidades de acessos e meios de transportes, aumento da renda e ações promocionais.
 
Porém, o crescimento das viagens de turismo ainda não permitiu que todos os segmentos da população fossem beneficiados para desfrutar do turismo de lazer. Pessoas com deficiência de diferentes tipologias e pessoas com mobilidade reduzida, tais como idosos e obesos, também poderiam ser incluídos nas estatísticas de exclusão social do turismo, pois encontram dificuldades para se adaptarem às instalações e equipamentos nas edificações turísticas e espaços de lazer, ao mesmo tempo em que encontram prestadores de serviços sem qualificações específicas para um atendimento diferenciado.
O incentivo à acessibilidade no turismo promoverá a integração das pessoas com deficiência permanentes e também daquelas com mobilidade reduzida, ou seja, idosos, crianças, gestantes, obesos em diferentes graus, pessoas temporariamente imobilizadas devido a acidentes etc.
 
Turismo Acessível – indicações da ONU
O Programa de Ação Mundial para Pessoas Portadoras de Deficiência das Nações Unidas (ONU, 1982) diz que “Os países membros [da ONU] devem garantir que pessoas com deficiência tenham as mesmas oportunidades de desfrutar de atividades recreativas que têm os outros cidadãos. Isto envolve a possibilidade de frequentar restaurantes, cinemas, teatros, bibliotecas, etc., assim como locais de lazer, estádios desportivos, hotéis, praias e outros lugares de recreação. Os países membros devem tomar a iniciativa removendo todos os obstáculos neste sentido. As autoridades de turismo, as agências de viagens, organizações voluntárias e outras envolvidas na organização de atividades recreativas ou oportunidades de viagem devem oferecer serviços a todos e não discriminar as pessoas com deficiência.” Para tanto, é preciso consciencializar os empresários e órgãos ligados ao turismo para que sejam orientados e capacitados sobre os conceitos, normas e legislação referentes à inclusão e acessibilidade.
 
 
Acessibilidade e Turismo

As barreiras arquitetónicas, comumente encontradas nas cidades, tanto nos espaços públicos como privados, são fatores que dificultam e, em algumas situações, impedem o deslocamento de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Acessibilidade é garantir que todos exerçam seus direitos de ir e vir, de acesso ao transporte, à comunicação, à educação, ao trabalho e ao lazer. Qualquer que seja o estabelecimento - turístico, comercial etc. - deve possuir adaptações que o turista com deficiência tenha independência, autonomia e dignidade de forma coletiva ou individual. Estas edificações deverão seguir o desenho universal que será utilizado na produção de espaços ou de objetos, permitindo a igualdade no seu emprego por todos, inclusive pelas pessoas com deficiências e mobilidade reduzida. O desenho universal baseia-se no respeito aos diferentes padrões humanos e na inclusão de todas as pessoas nas mais diversas atividades, visando simplificar a vida para todos e beneficiando assim pessoas com diversas limitações e capacidades. Para colocar em prática o conceito de desenho universal nos projetos e produtos turísticos, deve-se levar em consideração as dimensões referenciais para deslocamento das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, juntamente com os equipamentos auxiliares que utilizam como: cadeira de rodas, bengalas, muletas, andarilhos ou cão-guia.

Turismo Acessível é, portanto, o termo técnico para definir a “possibilidade e condição do portador de deficiência alcançar e utilizar, com segurança e autonomia, edificações e equipamentos de interesse turístico”.
 

terça-feira, 11 de março de 2014

Turismo Criativo


Turismo Criativo – conceito

Com forte vertente cultural, o turismo criativo é um conceito dinâmico que vai ao encontro das atuais motivações turísticas, e sobretudo das tendências, de procura de experiências em que o turista participa ativamente, tornando-se parte vital do produto, e com isso valoriza-o.
Na abordagem criativa do turismo, o turista é simultaneamente produtor e consumidor de experiências, agarrando raízes culturais, abraçando a humanidade, em busca de autenticidade, ou meramente do que lhe é diferente; libertando o stress do bulício urbano ou fugindo do silêncio do seu mundo rural em busca de espaços em que se cruzam e aculturam os povos do mundo! 

O turista já não quer apenas ver vindimar, quer passear pelas quintas, colher e pisar as uvas; o turista já não quer esperar à mesa pela gastronomia quer participar na sua confeção, o turista já não quer apenas assistir ao folclore, mas antes dançar e cantar - viajando na história e cultura dos povos; o turista já não quer apenas levar lembranças das áreas de destino, mas antes participar na sua criação - o turista cansou-se de assistir. O turista quer, cada vez mais, viver experiências que o integrem, que o envolvam, que o enriqueçam, que o divirtam, que o libertem de algo….

 
O Turismo Criativo - vantagens

Turismo Criativo não é mais do que pensar o setor de forma inovadora, fora dos padrões convencionais e dos velhos conceitos. Como atividade económica, todos ficam a ganhar: empresários, agentes, operadores, órgãos de turismo, cidades, regiões e, principalmente, os turistas.
Partindo da premissa que as cidades e regiões criativas atraem mais turistas e negócios, às quais se juntamos investimentos, movimento e visibilidade da região. Quando se fala em cidades ou regiões criativas não se está a fazer referência apenas àquelas que têm na economia criativa os seus principais trunfos. Mas também nas regiões que pensam e planeiam o turismo de forma inovadora e criativa o tempo todo. Sejam nos seus produtos, destinos, equipamentos, histórias, arquitetura, festas, cuidado com o meio ambiente, cultura, enfim tudo que possa trazer inovação para todos os setores e de forma constante à região.

Com o turismo criativo pretende-se mostrar que qualquer cidade, região, hotel, produto ou profissional do turismo pode beneficiar de ações e projetos criativos para o desenvolvimento do setor, atrair turistas e gerar rendimentos.
 
O primeiro passo tem que ver com a descoberta das origens e da essência muitas vezes apagada ou esquecida de cada região. Procurar onde está a autenticidade e os diferenciais criativos de uma cidade ou de um simples produto ou projeto turístico. Procurar como se pode vender um pacote turístico de forma criativa. Assim percebe-se que no turismo criativo não existe um ingrediente único ou resposta específica que possa explicar este novo segmento de turismo. Fundamental é ter ideias e coragem para inovar.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O que são atrações culturais?

Entende-se por atrações culturais os elementos da cultura que, ao serem utilizados para fins turísticos, passam a atrair fluxos turísticos. 

São os bens e valores culturais de natureza material e imaterial produzidos pelo homem e apropriados pelo turismo. 

Desta forma, é possível levantar informações que subsidiem a estruturação de destinos com foco no Turismo Cultural

Essas informações revelam ainda a importância do uso de estudos e pesquisas para o correto planeamento de ações que valorizem a cultura e as tradições locais dos destinos turísticos, contribuindo, assim, para o desenvolvimento das regiões e o fortalecimento do segmento.

Cabe ressaltar que o desenvolvimento e a promoção de atrações culturais, bem como de produtos e atividades culturais, integrados a outros segmentos, contribuem para a diversificação da oferta e diminuição do período de sazonalidade turística em determinados destinos cuja oferta turística tenha como vocação principal outros segmentos de turismo, como por exemplo, o Turismo de Sol e Praia e o Turismo de Negócios e Eventos.

Para a elaboração de roteiros de fim-de-semana ou férias bem como para a formatação de produtos turísticos culturais, é importante ter conhecimento acerca das atividades que podem ser praticadas no âmbito do segmento. 

A identificação das principais atrações culturais pode auxiliar na definição da vocação do destino e fortalecer o seu posicionamento no mercado. Poderá também auxiliar, no mapeamento de oportunidades de negócios e diversificação de serviços que se pode oferecer, tornando o destino mais competitivo. 

Exemplos de atrações culturais 


Com base nos conceitos de património cultural (material e imaterial) estabelecidos pelas instituições de referência no setor, define-se como os principais tipos de atrações culturais

• Sítios históricos – centros históricos (classificados como Património Mundial pela UNESCO por exemplo Guimarães);  

• Edificações especiais – arquitetura (marcada por um estilo arquitetónico especifico como a Rota do Românico), ruínas ou sítios arqueológicos (que comprovam a presença de povos da Antiguidade Clássica no território português como Conimbriga); 

• Obras de arte – pintura, escultura (visitáveis em edifícios como museus e casas de cultura); 

• Festas e celebrações locais (de cariz religioso como Semana Santa em Braga ou S. João); 

• Gastronomia típica - pratos da culinária local (quase sempre já integrados nos roteiros turísticos mas que podem funcionar como motivo principal de vista como a Festa da Francesinha no Porto);

• Feiras e mercados tradicionais (com mostra de produtos regionais ou de representação do passado como a Viagem Medieval de Santa Maria da Feira ou a Braga Romana);

• Eventos programados – festivais de teatro, de música ou folclore (como o Mimarte em Braga ou a Noite Branca). 

As principais atrações culturais ainda estão muito ligada à experiência de conhecer museus e cidades com património reconhecível em qualquer parte do mundo. 

Daí a importância que cidades como Paris, Londres ou Roma, mantém. 

Simultaneamente verifica-se que as cidades procuram sediar importantes eventos culturais, como ser durante um ano Capital Europeia da Cultura, para colocar as suas cidades nos mercados do Turismo Cultural ou desenvolver ações de criatividade que envolvam o turista na realização de atividades concretas, que lhe proporcionem o saber fazer de algo que com a sua visita conheceram. 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O que é o Turismo Cultural?

O turismo cultural compreende as atividades turísticas relacionadas com a vivência do conjunto de elementos significativos do património histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura.

A Organização Mundial de Turismo desenvolveu uma definição de turismo cultural, que abarca “movimento de pessoas essencialmente por motivos culturais, incluindo visitas de grupo, visitas e roteiros culturais, viagens a festivais, visitas a sítios históricos e monumentos, folclore e peregrinação”.

O aspeto central nessa definição é que o turismo cultural envolve “essencialmente motivações culturais”.

Entende-se que na atualidade o turismo cultural não deve ser apenas a exploração e valorização da cultura do património material como edifícios, sítios e monumentos históricos mas também produtos e serviços que incluam a gastronomia, folclore, atrações populares, e artesanato.

Quais as origens do Turismo Cultural? 


O que define o turismo cultural é a motivação da viagem em torno de temas da cultura.

As viagens de interesse cultural nasceram na Europa sob a égide do renascimento italiano, quando a aristocracia se deslocava de férias, interessada em conhecer os sítios históricos e arqueológicos que inspiraram artistas como Michelangelo e Da Vinci e depois às próprias cidades que foram o berço do movimento artístico.

Inspirado pelas viagens do período renascentista nasceu a grand tour, que consistia numa longa temporada em diferentes cidades europeias consideradas como o berço da civilização ocidental e que podiam durar anos.

O público da grand tour eram os aristocratas, nobres e burgueses da própria Europa e também das Américas, pessoas que tinham disponibilidade de tempo e recursos para investir nessas viagens culturais.

Um dos aspetos mais interessantes do grand tour era exatamente a sua forma convencional e regular, considerada como uma experiência educacional, um atributo de civilização e de formação do gosto.

Não havia ainda o mercado turístico tal como conhecemos nos dias atuais, uma cadeia produtiva organizada, com todos os serviços e produtos.

Isso só se concretizou séculos depois.

Mas encontramos no grand tour o embrião do turismo cultural, em que a principal motivação de viagem envolve algum aspeto de cultura.

Desses primórdios até a atualidade, a cultura continua a ser uma das principais motivações das viagens em todo o mundo e durante muito tempo os destinos eram exclusivamente os grandes conjuntos arquitetónicos, os museus e os lugares que abrigavam os tesouros materiais de culturas passadas.

Com o tempo, modificou-se o próprio conceito de cultura, ampliou-se os limites do que os estudiosos e as instituições responsáveis pelas iniciativas de preservação entendiam como património cultural. 

Turismo Cultural na atualidade


O turismo cultural movimenta 44 milhões de turistas, que procuram turismo cultural na Europa.

O património cultural motiva a viagem e, por isso, aproxima civilizações.

Através deste segmento de turismo fomenta-se a preservação do património bem como a sua dinamização por forma a criar um ambiente único e uma experiência autêntica.

O turismo cultural motivado pela visita e conhecimento do património histórico proporciona o diálogo com a criação contemporânea.

O tipo de turista deste segmento cultural procura singularidade, tradição aliada à contemporaneidade nos recursos, nas infraestruturas e nos serviços e envolvimento pessoal com as pessoas e cultura locais.

O Turismo Cultural em Portugal 


Existe em Portugal uma diversidade patrimonial extraordinária.

Sendo Portugal um pais que a acolheu vários povos com as suas culturas, ao longo de centenas de anos, é pois natural que tendências várias de expressão e propostas estéticas se manifestem nos tesouros arquitetónicos, civis, religiosos e militares, representados em vários roteiros um pouco por todo o país.

Os principais países emissores de turistas culturais são: Espanha, França, Reino Unido, Escandinávia e Alemanha.

Portugal tem todo o tipo de atrações culturais que convidam a umas férias ou fim-de-semana na experiência do turismo cultural