*Altar de Ghent " Adoração do Cordeiro Místico" Jan Van Eyek |
Os trípticos surgem na Idade Média numa altura em que a crise económica se acentuava e se torna insuportável a construção de grandes edifícios. Os trípticos são a solução para decorar um altar ou catequizar os cristãos com histórias que as imagens contavam ( geralmente divididas em 3 painéis). Os temas mais frequentes são passagens bíblicas, como é o caso do * Altar de Ghent (em que o tema central é a adoração do cordeiro místico, mas onde estão também representados adão e eva, a anunciação, profetas, figuras da igreja, anjos e ainda os retratos de quem encomendou a obra divididos por 12 painéis).
A grande vantagem dos trípticos ou dípticos é a facilidade com que se podem transportar. Apesar de ser mais frequente em pintura, há alguns exemplares em que uma escultura se abre em 3 painéis que contam uma história ou um dogma de fé.
A igreja não foi a única a utilizar esta solução de arte portátil. Muitas famílias mais abastadas optam por um tríptico ou díptico para ornamentar um altar privado em casa ou capelas.
Portugal tem um precioso exemplar de um tríptico que representa episódios do nascimento de Jesus Cristo. O valioso tríptico foi oferecido por D. João I - Mestre de Avis, à Colegiada de Guimarães para agradecer a vitória da Batalha de Aljubarrota e a intercessão de Nossa Senhora da Oliveira. O Tríptico fazia parte do espólio do rei D. João I de Castela que o deixou para trás após a perda da batalha.
Hoje pode ser visitado no Museu Alberto Sampaio em Guimarães.
O painel retangular com três partes representando cinco episódios do nascimento de Jesus : ao centro o nascimento, do lado esquerdo a Anunciação e Apresentação do Menino no templo. do lado direito, a Anunciação aos pastores e a Epifania.
Tríptico da Natividade - peça de ourivesaria em prata dourada |
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