Apesar de
estar pouco difundida pelo mundo católico, a lenda do milagre de S. Tiago em
Braga retira peso à de Compostela, por ser a história surpreendente da única ressuscitação
do apóstolo durante a sua lendária digressão pelas Espanhas. Faz parte de “uns
fragmentos” de obras atribuídas a Santo Atanásio, “primeiro bispo” de Saragoça
e “discípulo” de Santiago.
Esses fragmentos foram descobertos em livrarias
monásticas da Sardenha e de Aragão, há quase quatro séculos, pelo padre jesuíta
Bartolomeu André de Olivença, lente de Teologia no Colégio de Alcalá, por
informação em 1635 do arcebispo de Braga, D. Rodrigo da Cunha.
tal atitude não punha problemas morais e era bastante frequente entre monges, sacerdotes, e como nesta caso comprova Bispos, durante a idade média. A justificação de D. Diego Gelmires para o seu ato, era que desta forma as relíquias recebiam a " devida adoração" em Compostela.
No dia 1 de
Abril de 1103, S. Geraldo, arcebispo de Braga, estava em Roma para se queixar
desse acto extorsivo de Compostela, regressando de lá com poderes eclesiásticos
acrescidos sobre as Espanhas. Porém, o “roubo” de Diego Gelmires ou “Pio
Latrocínio”, como lhe chamou eufemisticamente a Igreja compostelana, só foi
reparado oito séculos mais tarde: as relíquias de S. Frutuoso foram devolvidas
a Braga em 1966 e as dos mártires referidos em 1993.
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