O farricoco era, no passado, uma forma dos fiéis cristãos bracarenses se penitenciarem dos seus pecados, propondo-se caminhar descalços e incógnitos nas procissões que percorriam a cidade.
O confessor dava a penitência durante a confissão e os fiéis cumpriam à risca tal preceito.
Ajudavam a iluminar as ruas durante os préstitos e a chamar os fiéis às celebrações com o auxílio das matracas, dado que os tilintar dos sinos era proibido durante este tempo especial. O som estridente das matracas, com o seu ruge-ruge era também sinal de penitência...
Entretanto, os farricocos foram-se aproveitando do seu anonimato para denunciar publicamente os pecados daqueles que não faziam penitência. O ambiente era, por isso, temeroso, e algumas pessoas recusavam vir às janelas, não fosse cair-lhes em cima alguma acusação.
Hoje, as procissões já quase não servem para penitências, mas o farricoco mantém-se como figurante primordial.
Entretanto, os farricocos foram-se aproveitando do seu anonimato para denunciar publicamente os pecados daqueles que não faziam penitência. O ambiente era, por isso, temeroso, e algumas pessoas recusavam vir às janelas, não fosse cair-lhes em cima alguma acusação.
Hoje, as procissões já quase não servem para penitências, mas o farricoco mantém-se como figurante primordial.
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