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quinta-feira, 19 de junho de 2014

S. João de Braga # 2

Uma das traições mais antigas e singulares das festas do S. João em Braga é sem dúvida o quadro do Rei David e dos Pastores, que desfilam pelas ruas das cidades no dia do nascimento de S. João.
 
Na frente do desfile vai o Carro das Ervas, uma  memória das procissões medievais que exigiam este tipo de carros de cheiro, para abrir o cortejo despejando as ervas para perfumar as ruas.
A dança do Rei David, reformulada no século XIX, deriva provavelmente da Mourisca, uma dança associada à procissão do Corpo de Deus.
 
O carro dos Pastores é um típico auto barroco que recorda o nascimento de S. João Batista.
" Do Baptista o Nascimento, neste dia recordamos..
Justos votos de alegria..."
Este auto é recriado por crianças, que vão adorar o Santo Percursor, depois das preces de Isabel e Zacarias aos Anjos, a pedirem um filho.

As suas preces vão ser atendidas, apesar das dúvidas de Zacarias " Homem sem fé" responde-lhe o anjo ao  vê-lo duvidar. E assim surge no auto, um pequenino S. João, que será o Percursor de Jesus.
Note-se que S. João é o único santo da história da igreja em que se celebra o dia do seu nascimento e não da sua morte.
Em Braga esta celebração congrega várias tradições em que o religioso se mistura com ritos antigos e com as típicas romarias minhotas.
Uma festa com muitos dias de animação a não perder.  Conheça Braga com a TUREL e desfrute destes dias únicos.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

S. João de Braga # 1

Exultam os bracarenses e o coração pula de alegria. É o são João de Braga, a maior festa do Minho e o orgulho das gentes brácaras. As festas, de cariz municipal já desde o inicio do século XVI, continuam a ser ponto mais elevado do associativismo e das tradições autenticamente bracarenses. Por este tempo, Braga transforma-se numa aldeia minhota em ponto grande. Este momento do calendário é a imagem de marca da cidade líder da região mais festiva de Portugal. Por isso mesmo, não admira a dimensão alcançada pela sua principal festa, que vai chegar a afirmar-se como a maior romaria de Portugal e um fenómeno turístico singular, no derradeiro quartel do século XIX.
As festas de São João são sem dúvida  o maior evento anual de Braga com maior teor histórico e raízes mais desenvolvidas no perfil identitário da população.
Não restam dúvidas de que se trata das festividades públicas em honra de S. João Baptista mais antigas de Portugal, remontando ao inicio ao inicio da nossa nacionalidade.
Os quadros bíblicos do rio Este, as danças do Rei David e dos pastores, passando pela originalidade detida por qualquer romaria minhota na sua religiosidade, folclore, foguetes, iluminações, concertinas ou cantares ao desafio, confirmaram a superior genuinidade desta celebração comunitária bracarense.
 

quarta-feira, 9 de abril de 2014

O Farricoco da Semana Santa de Braga

O farricoco era, no passado, uma forma dos fiéis cristãos bracarenses se penitenciarem dos seus pecados, propondo-se caminhar descalços e incógnitos nas procissões que percorriam a cidade.
 O confessor dava a penitência durante a confissão e os fiéis cumpriam à risca tal preceito.
 Ajudavam a iluminar as ruas durante os préstitos e a chamar os fiéis às celebrações com o auxílio das matracas, dado que os tilintar dos sinos era proibido durante este tempo especial. O som estridente das matracas, com o seu ruge-ruge era também sinal de penitência...
Entretanto, os farricocos foram-se aproveitando do seu anonimato para denunciar publicamente os pecados daqueles que não faziam penitência. O ambiente era, por isso, temeroso, e algumas pessoas recusavam vir às janelas, não fosse cair-lhes em cima alguma acusação.
Hoje, as procissões já quase não servem para penitências, mas o farricoco mantém-se como figurante primordial.