Entende-se por atrações culturais os elementos da cultura que, ao serem utilizados para fins turísticos, passam a atrair fluxos turísticos.
São os bens e valores culturais de natureza material e imaterial produzidos pelo homem e apropriados pelo turismo.
Desta forma, é possível levantar informações que subsidiem a estruturação de destinos com foco no Turismo Cultural.
Essas informações revelam ainda a importância do uso de estudos e pesquisas para o correto planeamento de ações que valorizem a cultura e as tradições locais dos destinos turísticos, contribuindo, assim, para o desenvolvimento das regiões e o fortalecimento do segmento.
Cabe ressaltar que o desenvolvimento e a promoção de atrações culturais, bem como de produtos e atividades culturais, integrados a outros segmentos, contribuem para a diversificação da oferta e diminuição do período de sazonalidade turística em determinados destinos cuja oferta turística tenha como vocação principal outros segmentos de turismo, como por exemplo, o Turismo de Sol e Praia e o Turismo de Negócios e Eventos.
Para a elaboração de roteiros de fim-de-semana ou férias bem como para a formatação de produtos turísticos culturais, é importante ter conhecimento acerca das atividades que podem ser praticadas no âmbito do segmento.
A identificação das principais atrações culturais pode auxiliar na definição da vocação do destino e fortalecer o seu posicionamento no mercado. Poderá também auxiliar, no mapeamento de oportunidades de negócios e diversificação de serviços que se pode oferecer, tornando o destino mais competitivo.
Exemplos de atrações culturais
Com base nos conceitos de património cultural (material e imaterial) estabelecidos pelas instituições de referência no setor, define-se como os principais tipos de atrações culturais:
• Sítios históricos – centros históricos (classificados como Património Mundial pela UNESCO por exemplo Guimarães);
• Edificações especiais – arquitetura (marcada por um estilo arquitetónico especifico como a Rota do Românico), ruínas ou sítios arqueológicos (que comprovam a presença de povos da Antiguidade Clássica no território português como Conimbriga);
• Obras de arte – pintura, escultura (visitáveis em edifícios como museus e casas de cultura);
• Festas e celebrações locais (de cariz religioso como Semana Santa em Braga ou S. João);
• Gastronomia típica - pratos da culinária local (quase sempre já integrados nos roteiros turísticos mas que podem funcionar como motivo principal de vista como a Festa da Francesinha no Porto);
• Feiras e mercados tradicionais (com mostra de produtos regionais ou de representação do passado como a Viagem Medieval de Santa Maria da Feira ou a Braga Romana);
• Eventos programados – festivais de teatro, de música ou folclore (como o Mimarte em Braga ou a Noite Branca).
As principais atrações culturais ainda estão muito ligada à experiência de conhecer museus e cidades com património reconhecível em qualquer parte do mundo.
Daí a importância que cidades como Paris, Londres ou Roma, mantém.
Simultaneamente verifica-se que as cidades procuram sediar importantes eventos culturais, como ser durante um ano Capital Europeia da Cultura, para colocar as suas cidades nos mercados do Turismo Cultural ou desenvolver ações de criatividade que envolvam o turista na realização de atividades concretas, que lhe proporcionem o saber fazer de algo que com a sua visita conheceram.